11/22/2006

Primer proyecto discográfico de Artists Project Earth

Artists Project Earth , asociación que promueve accciones para combatir el cambio climático y el calentamiento global, lanzó la semana pasada su primer proyecto musical: Rhythms del mundo. Se trata de un disco que ha nacido de la colaboración entre los artistas del Buena Vista Club Social y algunos cantantes británicos y norteamericanos, como Artic Monkeys, Norah Jones, Sting, U2, Radiohead, Frank Ferdinand, Coldplay y Jack Johnson entre otros. Se puede ver un video de las sesiones de grabación aquí.

Las sesiones de grabación tuvieron lugar en La Habana entre abril de 2005 y junio de 2006 y a las bases vocales originales se añadieron arreglos afro-cubanos a cargo de Demetrio Muñíz. Entre los artistas cubanos participantes destacan Omara Portuondo, Ibrahim Ferrer (a quien se puede escuchar en este disco en la que fue su última grabación antes de morir), Cachaíto o Vanya entre otros muchos.

Ni que decir tiene que todos los artistas participantes se identifican con el proyecto y apoyan las causas que este promueve. Además, todos los materiales del disco son reciclables y biodegradables. Como dice un amigo, habrá que dejar descansar la mulita y pasarse por la tienda de discos. Se trata en definitiva de una buena causa y la verdad es que el disco merece la pena.

11/21/2006

Musiquez-vous contemporain?

Quisiera invitaros a un juego del Ensemble Intercontemporain en el que, además de poder probar vuestros conocimientos musicales sobre música contemporánea, se pueden ganar un par de entradas para un concierto del EIC con su nueva directora, la finlandesa Susanna Mälkki, el próximo día 15 de diciembre en el parisino Musée d'Orsay. Espero que os guste y buena suerte.

Trying to copy Amadeus

Copying Beethoven se estrenó en España hace unas semanas. El comentario sobre el presunto feminismo de la película se queda para dentro de un rato. Por ahora, me conformo con hacer mío el publicado hace un mes en blogdecine: "Menos mal que nos queda la música".

11/20/2006

Mais outra que foi à vida

A Festa da Música, como se sabia, pelo menos, desde Janeiro deste ano, apesar da esperança que pareceu surgir algumas semanas depois.

Mas teremos uns "Dias da Música" na data prevista em 2007 dedicados ao piano (entalados entre o excelente ciclo pianístico da Gulbenkian e o Festival de Sintra...). O projecto será, pelos vistos, mono-instrumental... Esta nova festa da música dos pequeninos, mais maneririnha do ponto de vista orçamental, talvez continue pelos ferrinhos e pelas castanholas, como sugere um leitor de Cascais no site do PÚBLICO. No entanto, fiquem descansados, porque o resto das coisas que aí vêm são muitíssimo melhor.

Desculpem o tom, mas este tipo de desistências entristece-me. Chateia-me, ainda, o ar de improviso envergonhado que têm esses Dias da Música. E que, apesar disso, irá custar um terço do orçamento da Festa. E que este seja o legado de um governo que tem um musicólogo nas suas filas. E que acaba um projecto que questionou a forma de programar a clássica em Portugal mostrando que, afinal, o público existe. E que não se tenha divulgado nenhum trabalho académico de jeito sobre o seu impacto na cidade. E que as milhares de pessoas que acorriam ao CCB e esgotavam os bilhetes fiquem sem resposta à sua procura de música de qualidade, num formato inteligível e num contexto festivo e, ele próprio, espectacular. E a incapacidade para ter negociado com René Martin com visão e tempo o desenvolvimento da Festa da Música em moldes específicos. E que uma condecoração tenha sido o único reconhecimento oficial dado ao seu sucesso.

Pronto. Já passou.

11/17/2006

É a cultura, estúpido!

Ontem o Público deu destaque à notícia do peso que a cultura tem como actividade económica no PIB. Não é informação recente (há anos que existem relatórios neste sentido), mas é pertinente e muito bem vinda, vistas as palermices que temos andado a ler nos últimos dias.

Rui Rio e o seu despacho, no meio disto, é apenas folclore. Afinal, até o desculpo: ele não é pago para pensar, mas para executar. No entanto, por sua vez, ele tem a obrigação de arranjar quem pense "bem" para ele. É para isso que servem os assessores. O que me aborrece precisamente é a irresponsabilidade de quem, servindo-se do espaço jornalístico habitualmente dado aos opinion-makers, escreve barbaridades. Cheguei a ler, por exemplo, numa coluna do Diário de Notícias que os subsídios servem para pagar os almoços dos artistas. Também fiquei farta das diversas variantes do provérbio que diz qualquer coisa como que quem é pobre, não tem vícios.

São estas as palermices que é preciso contrariar. E, nesse sentido, o dossier do Público é a resposta certa no momento certo. Espero que tenha algum efeito e que a reacção do chauffeur neoconservador do Araúxo seja uma excepção. Por seu turno, a minha choiffeuse, depois de ter lido o jornal, ficou indignada. Exclamou logo, enquanto dava enérgicas escovadelas: "Mas que coisa chata, misturar uma coisa tão bonita como a cultura com o dinheiro!"

11/08/2006

Schubert de verano











Como he andado este verano en la luna, no he reparado hasta hoy en esta maravilla, disponible en el catálogo de la Naxos desde el pasado mes de agosto. Es el estreno del Kungsbacka Trio en la editora y, francamente, no podía haber sido mejor.

Mujeres españolas en Naxos












Jordi Masó presta de nuevo su pianismo cristalino a Joaquín Turina, en este tercer volumen dedicado por la Naxos a la obra pianística del compositor sevillano. A mí, muy sinceramente, sus retratos femeninos me parecen bastante remilgados y previsibles, sin embargo, sirven maravillosamente para hacer valer las cualidades del pianista. O sea, que casi podría haber escrito, al contrario, que Turina presta, de nuevo, sus partituras cristalinas a Jordi Masó.

A veces, al escuchar otros discos anteriores, sentí en Masó una cierta falta de identificación emocional con lo que estaba tocando o, con otras palabras, una especie de autocontrol que parece no adecuarse demasiado bien a estas españoladas. Sin embargo, éste me ha dejado con curiosidad, a la espera del cuarto volumen de la integral de Turina. Óigase, por ejemplo, "La andaluza sentimental" o "La mocita de barrio" para entender lo que quiero decir.

Mais números atirados ao rio

Aqui, no blog A dentada da palminha, de Ricardo Alves.

11/07/2006

Ha ocurrido

La "vanguardia" de Darmstadt ha desaparecido de la antología que acompaña la última edición de la historia de la música de la Norton. O sea, no aparece representada en la selección de obras analizadas como material de apoyo para el manual que está destinado a ser el más utilizado en el mundo.

El índice del volumen, firmado por J. Peter Burkholder (Universidad de Indiana), juntamente con los históricos Donald Jay Grout y Claude V. Palisca, puede ser consultado aquí o aquí. Las obras incluidas en la antología, elaborada por Burkholder y Palisca, pueden verse aquí.

Bessie, Louis, Dizzy, Duke, bienvenidos al canon.

Futurismo rivolucionário

Afinal, e como acontece quase sempre, os números retiraram toda a poesia ao gesto futurista do autarca do Norte.

Conforme o jornal Público de hoje, a despesa total com cultura da Câmara do Porto atinge os 4,6 milhões de euros (2,03% do orçamento), dos quais foram atribuídos 100 mil em subsídios. Estes são os que Rui Rio anunciou que vai cancelar. Apoiaram apenas as seguintes organizações: Fantasporto (30 mil), Festival Internacional de Marionetas (10 mil), Festival Internacional de Teatro Ibérico (25 mil), Fazer a Festa (20 mil) e Fundação Eugénio de Andrade (15 mil).

Compare-se com os números de Lisboa (a fonte continua a ser o Público): 30 milhões de euros (5% do orçamento), dos quais 1 milhão se destinam a subsídios. Ou seja, o presidente da Câmara do Porto em parte tem razão: os seus subsídios são esmolas.

Tal como Manuel Carvalho interpreta no artigo que assina assina também hoje no Público (intitulado "Rui Rio, a genealogia da moral pública" e que, como se sabe, só está disponível para assinantes), o gesto situa-se algures entre o amuo pessoal e a censura institucional.

A ler, ainda: o post publicado no passado dia 22 no Coriscos (que foi precedido por este). Vêm a propósito do apoio recebido por Rui Rio da parte de pessoas que, aparentemente, não sabem muito bem de que falam quando escrevem sobre o "tecido cultural" da cidade do Porto.