10/30/2006

Fazer sentido

Há dias, foi publicada, no DN, a notícia do "despejo" do Museu de Arte Popular, único pavilhão sobrevivente da Exposição do Mundo Português de 1940. Vale a pena ler o post publicado no Indústrias Culturais a propósito deste despropósito. E, já agora, acho que também valerá a pena ler - e assinar - a petição endereçada por Pedro Sena-Lino e por Rui Santos ao Ministério.

Pelos vistos, e porque o Museu de Arte Popular "não faz sentido", no seu lugar, ficará o futuro Museu da Língua Portuguesa. Incomoda esta incapacidade para conviver com a história e o desejo de "reescrevê-la". Diverte a ideia de "museologizar" uma língua, digna de Teófilo Braga no seu melhor e com derivações de branqueamento post-colonial evidentes. Finalmente, chateia que venham anunciar Museus da Língua Portuguesa, enquanto, por exemplo, a Biblioteca Nacional exibe diariamente as marcas do seu reduzido orçamento (precisamente, sempre visíveis nas suas sempre interessantes e pertinentes exposições).