3/24/2008

Brahms, sangue e petróleo


Gostei muito de Punch Drunk in Love, de Paul Thomas Anderson. Sem dúvida, um dos motivos foi a banda sonora, assinada por Jon Brion. Este fim de semana, fui ver o último filme do realizador, There will be Blood, uma história feita de ambição, solidão, egoísmo e obsessão para além do bem e do mal. Perguntava-me, entre outras coisas, o que é estaria a fazer em semelhante filme o Concerto para Violino, de Johannes Brahms.

O tema principal do Allegro giocoso, na interpretação empolada de Anne-Sophie Mutter e de Herbert von Karajan, contracena com Daniel Day-Lewis no momento culminante em que Daniel Plainville, o protagonista, esmaga, literal e sangrentamente, o seu derradeiro concorrente.

É uma pequena lição de marxismo.