Na sua crónica de hoje (no Público, claro…), Vítor Belanciano assinala uma das incoerências da imposição de quotas de música portuguesa nas rádios. Nascida para impulsionar a sua difusão (e a do português), está pensada por quem parece acreditar «que ainda estamos na época em que a família se reunia à volta da telefonia», ignorando por completo o papel que as novas tecnologias da informação têm actualmente no mercado musical
O que se evidencia ao cruzar a coluna de Vítor Belanciano com a manchete da primeira página do jornal (“Aumenta o fosso entre ricos e pobres em Portugal”) é que essa é uma lei que, primeiramente, vai determinar o que será escutado no futuro pelas pessoas que não têm um acesso fácil a essas tecnologias. Infelizmente, o fosso digital português é o mais fundo da Europa (via Jornalismo e Comunicação e Atrium
Cito o artigo do Público assinado por Carlos Romero: «O número de pessoas a viver [em Portugal] com menos de 350 euros por mês ronda os dois milhões e teima em não descer…». É aproximadamente o preço habitual do iPod de 20 Gb...