10/13/2005

Coisas da hermenêutica

Hoje, no PÚBLICO, temos um pedagógico artigo de Amílcar Correia intitulado «A hermenêutica da Casa da Música» onde se conclui:

«O passado é a melhor prova de como a politização da administração daquele equipamento, e respectiva rivalidade com a direcção artística, tem sido a origem de episódios pouco edificantes, com o fantasma de Pedro Burmester sempre a pairar sobre a Casa da Música, como ficou patente na sua inauguração. O passado de Serralves também explica o êxito do presente. O seu sucesso não pode ser dissociado do perfil dos seus administradores e directores artísticos. Os três administradores daquela fundação (João Marques Pinto, Teresa Gouveia e Gomes de Pinho), nomeados pelo sector privado, destacaram-se pela angariação de mecenas e pelo respeito pela independência dos directores artísticos. E Vicent Todoli, demarcando-se da cidade e importando o cosmopolitismo que faltava a Serralves, transformou aquela fundação num sucesso a todos os níveis. E sem discussões de hermenêutica.»