Ao contrário do Henrique, que relata no seu último post um concerto desastroso da OSP dirigido por José Cura, eu regresso à blogosfera movida pelo entusiasmo e pela admiração.
Ontem, como tinha esquecido em Espanha os meus vestidos de gala, decidi não passar pelo São Carlos (o João diz que também não foi por outras razões que, por acaso, partilho). Fui, com calças de ganga, para a Fábrica Braço de Prata escutar a música que tinham para oferecer quatro músicos (com M grande): José Parrinha (Clarinetes), Nuno Rebelo (Guitarra), Rodrigo Pinheiro (Piano) e Miguel Pereira (Contrabaixo). Excelente, como era de esperar.
Porém, o que me emocionou vivamente foi passear por um espaço que tinha tido a oportunidade de visitar cinco meses atrás, guiada por Nuno Nabais. Na altura, só se podia adivinhar com um grande esforço de imaginação aquilo que o Nuno queria para aquelas salas abandonadas. Hoje, a realidade é um local mágico, efervescente de criatividade e de boa disposição.
Vão. Usem, abusem. Desfrutem. Façam parte do século XXI.
Chamei-lhe superhomem, uma piada sem piada para elogiar alguém é um grande especialista em Nietzsche. O certo é que, sem deixar de ser homem, ontem se tornou num dos meus heróis.