É claro que isto tem uma explicação: a principal consequência da absurda política urbanistica das últimas décadas foi retalhar a sociedade lisboeta, afastando as pessoas umas das outras e remetendo cada qual para a sua vidinha privada num dia a dia em que os habitantes raramente têm oportunidade de se encontrarem uns com os outros fora do centro comercial ou do hipermercado. O sentimento do viver colectivo e do interesse comum perdem-se numa cidade assim, em que o espaço público primeiro se degrada, e depois quase desaparece.
Lido no sempre excelente Blogoexisto. Fez-me pensar nas salas de concerto lisboetas, tantas vezes à espera de mais público.