Mónica Pais, a quem tive o prazer de escutar na passada edição do Festival Cistermúsica na estreia do ciclo vocal Inês (uma bela obra de Carlos Marecos sobre a qual escrevi aqui), vai ser a Leonora de Il Trovatore.
Ou é o que parece. Explico-me.
Ela falou no projecto depois daquele concerto. A ópera estava prevista para o Verão de 2007 (e se calhar aconteceu e eu não reparei). Passados estes meses todos, hoje acabo de vê-la anunciada no Cartaz do Expresso. Na notícia, refere-se apenas a Orquestra do Norte. Como me lembrava da conversa de Alcobaça, fui confirmar a participação da soprano no site do agrupamento, mas ali, a duas semanas do evento, apenas se cita o director musical, o maestro José Ferreira Lobo, e a directora de cena. Finalmente, usando com perícia o Google, cai na agenda do Sapo, onde, pelo menos, o nome de Mónica Pais é mencionado, misturado no meio do resto do elenco. Óptimo marketing, sim senhor.
Il Trovatore vai ser apresentada em Vila Real (29 de Maio), na Guarda (31) e em Portalegre (6 de Junho). Seja como for, e sobretudo se a Leonora for mesmo ela, acho que, para quem more por esses lados, valerá a pena dar un saltinho aos respectivos teatros e escutá-la.
Já agora. Andei a espreitar o calendário da Orquestra do Norte e fiquei a saber que se apresenta também em Lisboa. Será no CCB, no dia 4 de Junho. No programa anuncia-se que Emanuel Salvador, concertino da orquestra, será o solista numa obra de Sarasate. Julgo que o jovem violinista é, tal como Mónica Pais, um músico que vale a pena escutar.