Um cenário despido, cantores vestidos com calças de ganga, uma iluminação trabalhada... teria bastado isso.
Quando falei com ele, fiquei com a impressão de que Nicolas Joel menospreza Verdi. Confirmei-o na entrevista que também deu ao DN. Pois é. Para ele, Verdi é um provinciano.
Otello assassina o bem, a possibilidade do bem, não mata apenas à sua esposa. A ópera é ele. O drama é a sua destruição. Ou melhor, a sua corrupção, a sua queda no abraço do mal absoluto.