Regularmente, as associações de autores, pelo menos em Portugal e em Espanha, lançam “fatwas” particulares contra a piratagem na rede. A mensagem é tão insistentemente repetida, que quase que apetece acreditar nela.
Há, porém, outros pontos de vista que denunciam os efeitos perversos que têm os direitos de autor no desenvolvimento da carreira da maior parte dos criadores. Em 2002, por exemplo, Ignacio Escolar publicou um artigo que provocou as iras da SGAE, no qual pedia que, por favor, pirateassem as suas canções. Há dias, defendeu, de novo, as vantagens de serem os próprios autores os gestores dos seus direitos através de licências virtuais (Creative Commons).
Nestas semanas, o jornal virtual First Monday, tem prestado atenção ao asunto, convertindo o copyright no papão da história e, ainda, proporcionando uma perspectiva mais reflexiva e abrangente sobre o impacto da tecnología digital na música.
Se tiverem tempo, recomendo ambas as leituras: estas, sim, estão a falar sobre a música no século XXI.